A incerteza no proceso urbano. A produção do espaço na Margem Sul do Estuário do Tejo
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<dc:title>A incerteza no proceso urbano. A produção do espaço na Margem Sul do Estuário do Tejo</dc:title>
<dc:creator>Gonçalves Brandão Estêvão, Ana Luísa</dc:creator>
<dc:contributor>Brandão, Pedro</dc:contributor>
<dc:contributor>Remesar, Antoni</dc:contributor>
<dc:contributor>Remesar, Antoni</dc:contributor>
<dc:contributor>Universitat de Barcelona. Departament d'Escultura</dc:contributor>
<dc:subject>Incertesa</dc:subject>
<dc:subject>Incertidumbre</dc:subject>
<dc:subject>Uncertainty</dc:subject>
<dc:subject>Desenvolupament urbà</dc:subject>
<dc:subject>Desarrollo urbano</dc:subject>
<dc:subject>Urban development</dc:subject>
<dc:subject>Lisboa (Portugal)</dc:subject>
<dc:subject>Façanes marítimes</dc:subject>
<dc:subject>Frentes acuáticos</dc:subject>
<dc:subject>Waterfronts</dc:subject>
<dc:subject>Ciències Humanes i Socials</dc:subject>
<dc:subject>71</dc:subject>
<dc:description>Esta tese trata da incerteza como fator determinante na produção urbana contemporânea, analisando em profundidade a Margem Sul do Tejo. A consolidação da cidade industrial correspondeu à infra-estruturação, capacidade de produção e ampliação do espaço urbano, baseada na previsão da oferta de serviços urbanos. Foi também a origem disciplinar do urbanismo, como teoria do conhecimento da urbanização e organização da sua prática. Na rotura do modelo industrial e a transição para uma urbanidade pós-industrial, mais plural e extensa, ocorre também uma diversificação e especialização do saber do urbano, por várias áreas de conhecimento. Vários autores nas últimas décadas vêm apontando para o aumento da escala das estruturas urbanas, da sua maior diversidade e da complexidade das dinâmicas de relação entre os atores a elas ligadas. À rápida velocidade de transformação acrescentam-se outros aspectos de conflito ou interação, ligados a instabilidade de ciclos econômicos ou políticos, como alguns dos fatores que contribuem para a percepção de uma menor previsibilidade e maior instabilidade urbana. Estas dinâmicas de transformação da cidade contemporânea, marcadas pela instabilidade e variabilidade dos processos urbanos, são refletidas de inúmeras formas na ação do planeamento e desenho urbano. Assim, o saber urbanístico parece hoje não conseguir responder a estas condicionantes dinâmicas, reduzindo a sua fiabilidade e capacidade para determinar o futuro. Neste contexto, a incerteza tornou-se indispensável como conceito útil para o entendimento da instabilidade. Como conceito transversal aquelas transformações, será essencial considerar como alternativa à menor viabilidade das formas de planear ancoradas em relações de causa-efeito, regras pré-estabelecidas ou “standards” rígidos de desenho. No âmbito das estratégias de desenho cresce a necessidade de gerir fatores, elementos e atores que mudam mais facilmente. Como responder a estas mudanças? A discussão central da investigação, naquele contexto de transição é da dificuldade que a incerteza confere aos processos de desenho e de produção da cidade contemporânea. Assim, propusemo-nos basear numa leitura interdisciplinar de cidade e na análise dos processos da construção e transformação do espaço urbano, desenvolvendo raciocínios estratégicos sobre a incerteza: - No campo teórico, centramo-nos nas transformações da produção da cidade. No estudo das estratégias do planeamento e desenho urbano para intervir na cidade atual, identificamos as lacunas existentes, as condições, práticas e instrumentos relevantes, que levam a uma reflexão aprofundada sobre os conceitos de plano, programa e projeto, em diferentes tempos e contextos e a necessidade de “novos” processos, ferramentas e estratégias. - No campo prático, analisamos a re-estruturação urbana “pós-industrial”, tendo como caso de estudo a Margem Sul do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa. No estudo das emergências e expectativas de transformação, mas também fatores contraditórios de retração e dificuldades, procuramos explicitar os reflexos da incerteza nos processos de transformação do território e formular raciocínios sobre a viabilidade das transformações. Procuramos assim responder a questões de investigação que são de matriz teórico-prática: se a complexidade cresce, que elementos podemos usar para interpretar e intervir nestes espaços, em contextos de incerteza e instabilidade latente? Apresentamos a proposta de uma matriz conceptual e operativa, centrada no princípio da continuidade urbana e baseada nos sistemas urbanos com potencial estruturador do território urbano –a paisagem, a infraestrutura e o espaço público- a partir da sua definição teórica e da sua explicitação no conjunto de espaços ribeirinhos da Margem Sul. Finalmente, uma discussão do papel das escalas e dos modos de aplicação da matriz, numa lógica processual e interdisciplinar da adaptabilidade urbana, permitir-nos-á aprofundar a reflexão sobre a sua relevância, para estruturar a continuidade em intervenções onde a incerteza condiciona a decisão, apoiando-nos numa lógica dos sistemas e “layers” de ação.</dc:description>
<dc:description>Esta tesis se ocupa de la incertidumbre como un factor clave de la producción urbana contemporánea, analizando en profundidad la zona conocida como “Margem Sul do Tejo”. La consolidación de la ciudad industrial correspondió a la infra estructuración, la capacidad de producción y la expansión del espacio urbano basada en la previsión de la oferta de servicios urbanos. También fue el origen disciplinar del urbanismo como teoría del conocimiento de la urbanización y la organización de su práctica. El fracaso del modelo industrial y la transición a una urbanidad post-industrial, más plural y amplia, donde también hay una diversificación y especialización del saber urbano, en diversas áreas del conocimiento. Varios autores han señalado en las últimas décadas el crecimiento de la escala de las estructuras urbanas, su mayor diversidad y la complejidad de las dinámicas de relación entre los actores urbanos. A la velocidad de procesamiento rápido se suman otros aspectos de conflicto o interacción vinculados a la inestabilidad de los ciclos económicos o políticos como algunos de los factores que contribuyen a la percepción de una menor previsibilidad y una mayor inestabilidad urbana. Estas dinámicas de transformación de la ciudad contemporánea, marcadas por la inestabilidad y la variabilidad de los procesos urbanos, se reflejan en numerosas formas en la acción de la planificación y el diseño urbanos. Por lo tanto, hoy el saber urbanístico parece no responder a estas condiciones dinámicas, lo que reduce su fiabilidad y la capacidad de determinar el futuro. En este contexto, la incertidumbre se ha convertido de un modo indispensable en un concepto útil para entender la inestabilidad. Como concepto transversal a esos cambios, es esencial tenerlo en cuenta como una alternativa para disminuir las maneras de planificar ancladas en las relaciones de causa-efecto, reglas preestablecidas o estándares rígidos de diseño. En el ámbito de las estrategias de diseño crece la necesidad de gestionar los factores, elementos y actores que cambian con mayor facilidad. ¿Cómo responder a estos cambios? El argumento central de la investigación, en un contexto de transición, es la dificultad que añade la incertidumbre a los procesos de diseño y producción de la ciudad contemporánea. Por lo tanto, nuestro objetivo es construir una lectura interdisciplinaria de la ciudad y un análisis de los procesos de construcción y transformación del espacio urbano, desarrollando un razonamiento estratégico acerca de la incertidumbre: - En el campo teórico, nos centramos en las transformaciones de la producción de la ciudad. El estudio de las estrategias de planificación y diseño urbano para intervenir en la ciudad actual, identificando fallos en las condiciones, prácticas e instrumentos, conducen a una profunda reflexión sobre los conceptos de plano, programa y proyecto, en diferentes momentos y contextos, y la necesidad de “nuevos” procesos, herramientas y estrategias. - En el campo práctico, analizamos la reestructuración urbana “post-industrial” con el estudio del caso de la “Margem Sul do Tejo” en el Área Metropolitana de Lisboa. El estudio de las emergencias y expectativas de transformación, pero también los factores contradictorios de contracción y dificultad, persigue explicitar cómo se refleja la incertidumbre en los procesos de transformación y en consecuencia formular argumentos sobre la viabilidad de las transformaciones. Tratamos de responder a las preguntas de investigación, que son de matriz teórica y práctica: la complejidad crece, ¿qué elementos podemos usar para interpretar e intervenir en estos espacios, en condiciones de incertidumbre e inestabilidad latente? Presentamos la propuesta de una matriz conceptual y operativa centrada en el principio de la continuidad urbana y basada en los sistemas urbanos con potencial estructurador del territorio urbano (paisaje, infraestructura y espacio público) a partir de su definición teórica y su explicación en el conjunto de espacios en el frente del río de la “Margem Sul do Tejo”. Por último, se presenta un debate sobre el papel de las escalas y los modos de aplicación de la matriz, en una lógica procesual e interdisciplinar de la adaptabilidad urbana, que nos permite reflexionar más sobre su importancia para estructurar la continuidad en intervenciones donde la incertidumbre condiciona la decisión, basándose en una lógica de sistemas y “layers” de acción.</dc:description>
<dc:date>2015-11-09</dc:date>
<dc:type>info:eu-repo/semantics/doctoralThesis</dc:type>
<dc:type>info:eu-repo/semantics/publishedVersion</dc:type>
<dc:identifier>B 28321-2015</dc:identifier>
<dc:identifier>http://hdl.handle.net/10803/320178</dc:identifier>
<dc:language>por</dc:language>
<dc:rights>L'accés als continguts d'aquesta tesi queda condicionat a l'acceptació de les condicions d'ús establertes per la següent llicència Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/es/</dc:rights>
<dc:rights>info:eu-repo/semantics/openAccess</dc:rights>
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<dc:format>546 p.</dc:format>
<dc:publisher>Universitat de Barcelona</dc:publisher>
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<dc:creator>Gonçalves Brandão Estêvão, Ana Luísa</dc:creator>
<dc:contributor>ana.luisa.brandao@gmail.com</dc:contributor>
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<dc:description>Esta tesis se ocupa de la incertidumbre como un factor clave de la producción urbana contemporánea, analizando en profundidad la zona conocida como “Margem Sul do Tejo”. La consolidación de la ciudad industrial correspondió a la infra estructuración, la capacidad de producción y la expansión del espacio urbano basada en la previsión de la oferta de servicios urbanos. También fue el origen disciplinar del urbanismo como teoría del conocimiento de la urbanización y la organización de su práctica. El fracaso del modelo industrial y la transición a una urbanidad post-industrial, más plural y amplia, donde también hay una diversificación y especialización del saber urbano, en diversas áreas del conocimiento. Varios autores han señalado en las últimas décadas el crecimiento de la escala de las estructuras urbanas, su mayor diversidad y la complejidad de las dinámicas de relación entre los actores urbanos. A la velocidad de procesamiento rápido se suman otros aspectos de conflicto o interacción vinculados a la inestabilidad de los ciclos económicos o políticos como algunos de los factores que contribuyen a la percepción de una menor previsibilidad y una mayor inestabilidad urbana. Estas dinámicas de transformación de la ciudad contemporánea, marcadas por la inestabilidad y la variabilidad de los procesos urbanos, se reflejan en numerosas formas en la acción de la planificación y el diseño urbanos. Por lo tanto, hoy el saber urbanístico parece no responder a estas condiciones dinámicas, lo que reduce su fiabilidad y la capacidad de determinar el futuro. En este contexto, la incertidumbre se ha convertido de un modo indispensable en un concepto útil para entender la inestabilidad. Como concepto transversal a esos cambios, es esencial tenerlo en cuenta como una alternativa para disminuir las maneras de planificar ancladas en las relaciones de causa-efecto, reglas preestablecidas o estándares rígidos de diseño. En el ámbito de las estrategias de diseño crece la necesidad de gestionar los factores, elementos y actores que cambian con mayor facilidad. ¿Cómo responder a estos cambios? El argumento central de la investigación, en un contexto de transición, es la dificultad que añade la incertidumbre a los procesos de diseño y producción de la ciudad contemporánea. Por lo tanto, nuestro objetivo es construir una lectura interdisciplinaria de la ciudad y un análisis de los procesos de construcción y transformación del espacio urbano, desarrollando un razonamiento estratégico acerca de la incertidumbre: - En el campo teórico, nos centramos en las transformaciones de la producción de la ciudad. El estudio de las estrategias de planificación y diseño urbano para intervenir en la ciudad actual, identificando fallos en las condiciones, prácticas e instrumentos, conducen a una profunda reflexión sobre los conceptos de plano, programa y proyecto, en diferentes momentos y contextos, y la necesidad de “nuevos” procesos, herramientas y estrategias. - En el campo práctico, analizamos la reestructuración urbana “post-industrial” con el estudio del caso de la “Margem Sul do Tejo” en el Área Metropolitana de Lisboa. El estudio de las emergencias y expectativas de transformación, pero también los factores contradictorios de contracción y dificultad, persigue explicitar cómo se refleja la incertidumbre en los procesos de transformación y en consecuencia formular argumentos sobre la viabilidad de las transformaciones. Tratamos de responder a las preguntas de investigación, que son de matriz teórica y práctica: la complejidad crece, ¿qué elementos podemos usar para interpretar e intervenir en estos espacios, en condiciones de incertidumbre e inestabilidad latente? Presentamos la propuesta de una matriz conceptual y operativa centrada en el principio de la continuidad urbana y basada en los sistemas urbanos con potencial estructurador del territorio urbano (paisaje, infraestructura y espacio público) a partir de su definición teórica y su explicación en el conjunto de espacios en el frente del río de la “Margem Sul do Tejo”. Por último, se presenta un debate sobre el papel de las escalas y los modos de aplicación de la matriz, en una lógica procesual e interdisciplinar de la adaptabilidad urbana, que nos permite reflexionar más sobre su importancia para estructurar la continuidad en intervenciones donde la incertidumbre condiciona la decisión, basándose en una lógica de sistemas y “layers” de acción.</dc:description>
<dc:date>2015-11-19T09:15:36Z</dc:date>
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<description>Esta tesis se ocupa de la incertidumbre como un factor clave de la producción urbana contemporánea, analizando en profundidad la zona conocida como “Margem Sul do Tejo”. La consolidación de la ciudad industrial correspondió a la infra estructuración, la capacidad de producción y la expansión del espacio urbano basada en la previsión de la oferta de servicios urbanos. También fue el origen disciplinar del urbanismo como teoría del conocimiento de la urbanización y la organización de su práctica. El fracaso del modelo industrial y la transición a una urbanidad post-industrial, más plural y amplia, donde también hay una diversificación y especialización del saber urbano, en diversas áreas del conocimiento. Varios autores han señalado en las últimas décadas el crecimiento de la escala de las estructuras urbanas, su mayor diversidad y la complejidad de las dinámicas de relación entre los actores urbanos. A la velocidad de procesamiento rápido se suman otros aspectos de conflicto o interacción vinculados a la inestabilidad de los ciclos económicos o políticos como algunos de los factores que contribuyen a la percepción de una menor previsibilidad y una mayor inestabilidad urbana. Estas dinámicas de transformación de la ciudad contemporánea, marcadas por la inestabilidad y la variabilidad de los procesos urbanos, se reflejan en numerosas formas en la acción de la planificación y el diseño urbanos. Por lo tanto, hoy el saber urbanístico parece no responder a estas condiciones dinámicas, lo que reduce su fiabilidad y la capacidad de determinar el futuro. En este contexto, la incertidumbre se ha convertido de un modo indispensable en un concepto útil para entender la inestabilidad. Como concepto transversal a esos cambios, es esencial tenerlo en cuenta como una alternativa para disminuir las maneras de planificar ancladas en las relaciones de causa-efecto, reglas preestablecidas o estándares rígidos de diseño. En el ámbito de las estrategias de diseño crece la necesidad de gestionar los factores, elementos y actores que cambian con mayor facilidad. ¿Cómo responder a estos cambios? El argumento central de la investigación, en un contexto de transición, es la dificultad que añade la incertidumbre a los procesos de diseño y producción de la ciudad contemporánea. Por lo tanto, nuestro objetivo es construir una lectura interdisciplinaria de la ciudad y un análisis de los procesos de construcción y transformación del espacio urbano, desarrollando un razonamiento estratégico acerca de la incertidumbre: - En el campo teórico, nos centramos en las transformaciones de la producción de la ciudad. El estudio de las estrategias de planificación y diseño urbano para intervenir en la ciudad actual, identificando fallos en las condiciones, prácticas e instrumentos, conducen a una profunda reflexión sobre los conceptos de plano, programa y proyecto, en diferentes momentos y contextos, y la necesidad de “nuevos” procesos, herramientas y estrategias. - En el campo práctico, analizamos la reestructuración urbana “post-industrial” con el estudio del caso de la “Margem Sul do Tejo” en el Área Metropolitana de Lisboa. El estudio de las emergencias y expectativas de transformación, pero también los factores contradictorios de contracción y dificultad, persigue explicitar cómo se refleja la incertidumbre en los procesos de transformación y en consecuencia formular argumentos sobre la viabilidad de las transformaciones. Tratamos de responder a las preguntas de investigación, que son de matriz teórica y práctica: la complejidad crece, ¿qué elementos podemos usar para interpretar e intervenir en estos espacios, en condiciones de incertidumbre e inestabilidad latente? Presentamos la propuesta de una matriz conceptual y operativa centrada en el principio de la continuidad urbana y basada en los sistemas urbanos con potencial estructurador del territorio urbano (paisaje, infraestructura y espacio público) a partir de su definición teórica y su explicación en el conjunto de espacios en el frente del río de la “Margem Sul do Tejo”. Por último, se presenta un debate sobre el papel de las escalas y los modos de aplicación de la matriz, en una lógica procesual e interdisciplinar de la adaptabilidad urbana, que nos permite reflexionar más sobre su importancia para estructurar la continuidad en intervenciones donde la incertidumbre condiciona la decisión, basándose en una lógica de sistemas y “layers” de acción.</description>
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<subfield code="a">Esta tese trata da incerteza como fator determinante na produção urbana contemporânea, analisando em profundidade a Margem Sul do Tejo. A consolidação da cidade industrial correspondeu à infra-estruturação, capacidade de produção e ampliação do espaço urbano, baseada na previsão da oferta de serviços urbanos. Foi também a origem disciplinar do urbanismo, como teoria do conhecimento da urbanização e organização da sua prática. Na rotura do modelo industrial e a transição para uma urbanidade pós-industrial, mais plural e extensa, ocorre também uma diversificação e especialização do saber do urbano, por várias áreas de conhecimento. Vários autores nas últimas décadas vêm apontando para o aumento da escala das estruturas urbanas, da sua maior diversidade e da complexidade das dinâmicas de relação entre os atores a elas ligadas. À rápida velocidade de transformação acrescentam-se outros aspectos de conflito ou interação, ligados a instabilidade de ciclos econômicos ou políticos, como alguns dos fatores que contribuem para a percepção de uma menor previsibilidade e maior instabilidade urbana. Estas dinâmicas de transformação da cidade contemporânea, marcadas pela instabilidade e variabilidade dos processos urbanos, são refletidas de inúmeras formas na ação do planeamento e desenho urbano. Assim, o saber urbanístico parece hoje não conseguir responder a estas condicionantes dinâmicas, reduzindo a sua fiabilidade e capacidade para determinar o futuro. Neste contexto, a incerteza tornou-se indispensável como conceito útil para o entendimento da instabilidade. Como conceito transversal aquelas transformações, será essencial considerar como alternativa à menor viabilidade das formas de planear ancoradas em relações de causa-efeito, regras pré-estabelecidas ou “standards” rígidos de desenho. No âmbito das estratégias de desenho cresce a necessidade de gerir fatores, elementos e atores que mudam mais facilmente. Como responder a estas mudanças? A discussão central da investigação, naquele contexto de transição é da dificuldade que a incerteza confere aos processos de desenho e de produção da cidade contemporânea. Assim, propusemo-nos basear numa leitura interdisciplinar de cidade e na análise dos processos da construção e transformação do espaço urbano, desenvolvendo raciocínios estratégicos sobre a incerteza: - No campo teórico, centramo-nos nas transformações da produção da cidade. No estudo das estratégias do planeamento e desenho urbano para intervir na cidade atual, identificamos as lacunas existentes, as condições, práticas e instrumentos relevantes, que levam a uma reflexão aprofundada sobre os conceitos de plano, programa e projeto, em diferentes tempos e contextos e a necessidade de “novos” processos, ferramentas e estratégias. - No campo prático, analisamos a re-estruturação urbana “pós-industrial”, tendo como caso de estudo a Margem Sul do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa. No estudo das emergências e expectativas de transformação, mas também fatores contraditórios de retração e dificuldades, procuramos explicitar os reflexos da incerteza nos processos de transformação do território e formular raciocínios sobre a viabilidade das transformações. Procuramos assim responder a questões de investigação que são de matriz teórico-prática: se a complexidade cresce, que elementos podemos usar para interpretar e intervir nestes espaços, em contextos de incerteza e instabilidade latente? Apresentamos a proposta de uma matriz conceptual e operativa, centrada no princípio da continuidade urbana e baseada nos sistemas urbanos com potencial estruturador do território urbano –a paisagem, a infraestrutura e o espaço público- a partir da sua definição teórica e da sua explicitação no conjunto de espaços ribeirinhos da Margem Sul. Finalmente, uma discussão do papel das escalas e dos modos de aplicação da matriz, numa lógica processual e interdisciplinar da adaptabilidade urbana, permitir-nos-á aprofundar a reflexão sobre a sua relevância, para estruturar a continuidade em intervenções onde a incerteza condiciona a decisão, apoiando-nos numa lógica dos sistemas e “layers” de ação.</subfield>
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<subfield code="a">Esta tesis se ocupa de la incertidumbre como un factor clave de la producción urbana contemporánea, analizando en profundidad la zona conocida como “Margem Sul do Tejo”. La consolidación de la ciudad industrial correspondió a la infra estructuración, la capacidad de producción y la expansión del espacio urbano basada en la previsión de la oferta de servicios urbanos. También fue el origen disciplinar del urbanismo como teoría del conocimiento de la urbanización y la organización de su práctica. El fracaso del modelo industrial y la transición a una urbanidad post-industrial, más plural y amplia, donde también hay una diversificación y especialización del saber urbano, en diversas áreas del conocimiento. Varios autores han señalado en las últimas décadas el crecimiento de la escala de las estructuras urbanas, su mayor diversidad y la complejidad de las dinámicas de relación entre los actores urbanos. A la velocidad de procesamiento rápido se suman otros aspectos de conflicto o interacción vinculados a la inestabilidad de los ciclos económicos o políticos como algunos de los factores que contribuyen a la percepción de una menor previsibilidad y una mayor inestabilidad urbana. Estas dinámicas de transformación de la ciudad contemporánea, marcadas por la inestabilidad y la variabilidad de los procesos urbanos, se reflejan en numerosas formas en la acción de la planificación y el diseño urbanos. Por lo tanto, hoy el saber urbanístico parece no responder a estas condiciones dinámicas, lo que reduce su fiabilidad y la capacidad de determinar el futuro. En este contexto, la incertidumbre se ha convertido de un modo indispensable en un concepto útil para entender la inestabilidad. Como concepto transversal a esos cambios, es esencial tenerlo en cuenta como una alternativa para disminuir las maneras de planificar ancladas en las relaciones de causa-efecto, reglas preestablecidas o estándares rígidos de diseño. En el ámbito de las estrategias de diseño crece la necesidad de gestionar los factores, elementos y actores que cambian con mayor facilidad. ¿Cómo responder a estos cambios? El argumento central de la investigación, en un contexto de transición, es la dificultad que añade la incertidumbre a los procesos de diseño y producción de la ciudad contemporánea. Por lo tanto, nuestro objetivo es construir una lectura interdisciplinaria de la ciudad y un análisis de los procesos de construcción y transformación del espacio urbano, desarrollando un razonamiento estratégico acerca de la incertidumbre: - En el campo teórico, nos centramos en las transformaciones de la producción de la ciudad. El estudio de las estrategias de planificación y diseño urbano para intervenir en la ciudad actual, identificando fallos en las condiciones, prácticas e instrumentos, conducen a una profunda reflexión sobre los conceptos de plano, programa y proyecto, en diferentes momentos y contextos, y la necesidad de “nuevos” procesos, herramientas y estrategias. - En el campo práctico, analizamos la reestructuración urbana “post-industrial” con el estudio del caso de la “Margem Sul do Tejo” en el Área Metropolitana de Lisboa. El estudio de las emergencias y expectativas de transformación, pero también los factores contradictorios de contracción y dificultad, persigue explicitar cómo se refleja la incertidumbre en los procesos de transformación y en consecuencia formular argumentos sobre la viabilidad de las transformaciones. Tratamos de responder a las preguntas de investigación, que son de matriz teórica y práctica: la complejidad crece, ¿qué elementos podemos usar para interpretar e intervenir en estos espacios, en condiciones de incertidumbre e inestabilidad latente? Presentamos la propuesta de una matriz conceptual y operativa centrada en el principio de la continuidad urbana y basada en los sistemas urbanos con potencial estructurador del territorio urbano (paisaje, infraestructura y espacio público) a partir de su definición teórica y su explicación en el conjunto de espacios en el frente del río de la “Margem Sul do Tejo”. Por último, se presenta un debate sobre el papel de las escalas y los modos de aplicación de la matriz, en una lógica procesual e interdisciplinar de la adaptabilidad urbana, que nos permite reflexionar más sobre su importancia para estructurar la continuidad en intervenciones donde la incertidumbre condiciona la decisión, basándose en una lógica de sistemas y “layers” de acción.</subfield>
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<mods:abstract>Esta tese trata da incerteza como fator determinante na produção urbana contemporânea, analisando em profundidade a Margem Sul do Tejo. A consolidação da cidade industrial correspondeu à infra-estruturação, capacidade de produção e ampliação do espaço urbano, baseada na previsão da oferta de serviços urbanos. Foi também a origem disciplinar do urbanismo, como teoria do conhecimento da urbanização e organização da sua prática. Na rotura do modelo industrial e a transição para uma urbanidade pós-industrial, mais plural e extensa, ocorre também uma diversificação e especialização do saber do urbano, por várias áreas de conhecimento. Vários autores nas últimas décadas vêm apontando para o aumento da escala das estruturas urbanas, da sua maior diversidade e da complexidade das dinâmicas de relação entre os atores a elas ligadas. À rápida velocidade de transformação acrescentam-se outros aspectos de conflito ou interação, ligados a instabilidade de ciclos econômicos ou políticos, como alguns dos fatores que contribuem para a percepção de uma menor previsibilidade e maior instabilidade urbana. Estas dinâmicas de transformação da cidade contemporânea, marcadas pela instabilidade e variabilidade dos processos urbanos, são refletidas de inúmeras formas na ação do planeamento e desenho urbano. Assim, o saber urbanístico parece hoje não conseguir responder a estas condicionantes dinâmicas, reduzindo a sua fiabilidade e capacidade para determinar o futuro. Neste contexto, a incerteza tornou-se indispensável como conceito útil para o entendimento da instabilidade. Como conceito transversal aquelas transformações, será essencial considerar como alternativa à menor viabilidade das formas de planear ancoradas em relações de causa-efeito, regras pré-estabelecidas ou “standards” rígidos de desenho. No âmbito das estratégias de desenho cresce a necessidade de gerir fatores, elementos e atores que mudam mais facilmente. Como responder a estas mudanças? A discussão central da investigação, naquele contexto de transição é da dificuldade que a incerteza confere aos processos de desenho e de produção da cidade contemporânea. Assim, propusemo-nos basear numa leitura interdisciplinar de cidade e na análise dos processos da construção e transformação do espaço urbano, desenvolvendo raciocínios estratégicos sobre a incerteza: - No campo teórico, centramo-nos nas transformações da produção da cidade. No estudo das estratégias do planeamento e desenho urbano para intervir na cidade atual, identificamos as lacunas existentes, as condições, práticas e instrumentos relevantes, que levam a uma reflexão aprofundada sobre os conceitos de plano, programa e projeto, em diferentes tempos e contextos e a necessidade de “novos” processos, ferramentas e estratégias. - No campo prático, analisamos a re-estruturação urbana “pós-industrial”, tendo como caso de estudo a Margem Sul do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa. No estudo das emergências e expectativas de transformação, mas também fatores contraditórios de retração e dificuldades, procuramos explicitar os reflexos da incerteza nos processos de transformação do território e formular raciocínios sobre a viabilidade das transformações. Procuramos assim responder a questões de investigação que são de matriz teórico-prática: se a complexidade cresce, que elementos podemos usar para interpretar e intervir nestes espaços, em contextos de incerteza e instabilidade latente? Apresentamos a proposta de uma matriz conceptual e operativa, centrada no princípio da continuidade urbana e baseada nos sistemas urbanos com potencial estruturador do território urbano –a paisagem, a infraestrutura e o espaço público- a partir da sua definição teórica e da sua explicitação no conjunto de espaços ribeirinhos da Margem Sul. Finalmente, uma discussão do papel das escalas e dos modos de aplicação da matriz, numa lógica processual e interdisciplinar da adaptabilidade urbana, permitir-nos-á aprofundar a reflexão sobre a sua relevância, para estruturar a continuidade em intervenções onde a incerteza condiciona a decisão, apoiando-nos numa lógica dos sistemas e “layers” de ação.</mods:abstract>
<mods:abstract>Esta tesis se ocupa de la incertidumbre como un factor clave de la producción urbana contemporánea, analizando en profundidad la zona conocida como “Margem Sul do Tejo”. La consolidación de la ciudad industrial correspondió a la infra estructuración, la capacidad de producción y la expansión del espacio urbano basada en la previsión de la oferta de servicios urbanos. También fue el origen disciplinar del urbanismo como teoría del conocimiento de la urbanización y la organización de su práctica. El fracaso del modelo industrial y la transición a una urbanidad post-industrial, más plural y amplia, donde también hay una diversificación y especialización del saber urbano, en diversas áreas del conocimiento. Varios autores han señalado en las últimas décadas el crecimiento de la escala de las estructuras urbanas, su mayor diversidad y la complejidad de las dinámicas de relación entre los actores urbanos. A la velocidad de procesamiento rápido se suman otros aspectos de conflicto o interacción vinculados a la inestabilidad de los ciclos económicos o políticos como algunos de los factores que contribuyen a la percepción de una menor previsibilidad y una mayor inestabilidad urbana. Estas dinámicas de transformación de la ciudad contemporánea, marcadas por la inestabilidad y la variabilidad de los procesos urbanos, se reflejan en numerosas formas en la acción de la planificación y el diseño urbanos. Por lo tanto, hoy el saber urbanístico parece no responder a estas condiciones dinámicas, lo que reduce su fiabilidad y la capacidad de determinar el futuro. En este contexto, la incertidumbre se ha convertido de un modo indispensable en un concepto útil para entender la inestabilidad. Como concepto transversal a esos cambios, es esencial tenerlo en cuenta como una alternativa para disminuir las maneras de planificar ancladas en las relaciones de causa-efecto, reglas preestablecidas o estándares rígidos de diseño. En el ámbito de las estrategias de diseño crece la necesidad de gestionar los factores, elementos y actores que cambian con mayor facilidad. ¿Cómo responder a estos cambios? El argumento central de la investigación, en un contexto de transición, es la dificultad que añade la incertidumbre a los procesos de diseño y producción de la ciudad contemporánea. Por lo tanto, nuestro objetivo es construir una lectura interdisciplinaria de la ciudad y un análisis de los procesos de construcción y transformación del espacio urbano, desarrollando un razonamiento estratégico acerca de la incertidumbre: - En el campo teórico, nos centramos en las transformaciones de la producción de la ciudad. El estudio de las estrategias de planificación y diseño urbano para intervenir en la ciudad actual, identificando fallos en las condiciones, prácticas e instrumentos, conducen a una profunda reflexión sobre los conceptos de plano, programa y proyecto, en diferentes momentos y contextos, y la necesidad de “nuevos” procesos, herramientas y estrategias. - En el campo práctico, analizamos la reestructuración urbana “post-industrial” con el estudio del caso de la “Margem Sul do Tejo” en el Área Metropolitana de Lisboa. El estudio de las emergencias y expectativas de transformación, pero también los factores contradictorios de contracción y dificultad, persigue explicitar cómo se refleja la incertidumbre en los procesos de transformación y en consecuencia formular argumentos sobre la viabilidad de las transformaciones. Tratamos de responder a las preguntas de investigación, que son de matriz teórica y práctica: la complejidad crece, ¿qué elementos podemos usar para interpretar e intervenir en estos espacios, en condiciones de incertidumbre e inestabilidad latente? Presentamos la propuesta de una matriz conceptual y operativa centrada en el principio de la continuidad urbana y basada en los sistemas urbanos con potencial estructurador del territorio urbano (paisaje, infraestructura y espacio público) a partir de su definición teórica y su explicación en el conjunto de espacios en el frente del río de la “Margem Sul do Tejo”. Por último, se presenta un debate sobre el papel de las escalas y los modos de aplicación de la matriz, en una lógica procesual e interdisciplinar de la adaptabilidad urbana, que nos permite reflexionar más sobre su importancia para estructurar la continuidad en intervenciones donde la incertidumbre condiciona la decisión, basándose en una lógica de sistemas y “layers” de acción.</mods:abstract>
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<dc:title>A incerteza no proceso urbano. A produção do espaço na Margem Sul do Estuário do Tejo</dc:title>
<dc:creator>Gonçalves Brandão Estêvão, Ana Luísa</dc:creator>
<dc:contributor>ana.luisa.brandao@gmail.com</dc:contributor>
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<dc:contributor>Brandão, Pedro</dc:contributor>
<dc:contributor>Remesar, Antoni</dc:contributor>
<dc:contributor>Remesar, Antoni</dc:contributor>
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<dc:subject>Incertesa</dc:subject>
<dc:subject>Incertidumbre</dc:subject>
<dc:subject>Uncertainty</dc:subject>
<dc:subject>Desenvolupament urbà</dc:subject>
<dc:subject>Desarrollo urbano</dc:subject>
<dc:subject>Urban development</dc:subject>
<dc:subject>Lisboa (Portugal)</dc:subject>
<dc:subject>Façanes marítimes</dc:subject>
<dc:subject>Frentes acuáticos</dc:subject>
<dc:subject>Waterfronts</dc:subject>
<dcterms:abstract>Esta tese trata da incerteza como fator determinante na produção urbana contemporânea, analisando em profundidade a Margem Sul do Tejo. A consolidação da cidade industrial correspondeu à infra-estruturação, capacidade de produção e ampliação do espaço urbano, baseada na previsão da oferta de serviços urbanos. Foi também a origem disciplinar do urbanismo, como teoria do conhecimento da urbanização e organização da sua prática. Na rotura do modelo industrial e a transição para uma urbanidade pós-industrial, mais plural e extensa, ocorre também uma diversificação e especialização do saber do urbano, por várias áreas de conhecimento. Vários autores nas últimas décadas vêm apontando para o aumento da escala das estruturas urbanas, da sua maior diversidade e da complexidade das dinâmicas de relação entre os atores a elas ligadas. À rápida velocidade de transformação acrescentam-se outros aspectos de conflito ou interação, ligados a instabilidade de ciclos econômicos ou políticos, como alguns dos fatores que contribuem para a percepção de uma menor previsibilidade e maior instabilidade urbana. Estas dinâmicas de transformação da cidade contemporânea, marcadas pela instabilidade e variabilidade dos processos urbanos, são refletidas de inúmeras formas na ação do planeamento e desenho urbano. Assim, o saber urbanístico parece hoje não conseguir responder a estas condicionantes dinâmicas, reduzindo a sua fiabilidade e capacidade para determinar o futuro. Neste contexto, a incerteza tornou-se indispensável como conceito útil para o entendimento da instabilidade. Como conceito transversal aquelas transformações, será essencial considerar como alternativa à menor viabilidade das formas de planear ancoradas em relações de causa-efeito, regras pré-estabelecidas ou “standards” rígidos de desenho. No âmbito das estratégias de desenho cresce a necessidade de gerir fatores, elementos e atores que mudam mais facilmente. Como responder a estas mudanças? A discussão central da investigação, naquele contexto de transição é da dificuldade que a incerteza confere aos processos de desenho e de produção da cidade contemporânea. Assim, propusemo-nos basear numa leitura interdisciplinar de cidade e na análise dos processos da construção e transformação do espaço urbano, desenvolvendo raciocínios estratégicos sobre a incerteza: - No campo teórico, centramo-nos nas transformações da produção da cidade. No estudo das estratégias do planeamento e desenho urbano para intervir na cidade atual, identificamos as lacunas existentes, as condições, práticas e instrumentos relevantes, que levam a uma reflexão aprofundada sobre os conceitos de plano, programa e projeto, em diferentes tempos e contextos e a necessidade de “novos” processos, ferramentas e estratégias. - No campo prático, analisamos a re-estruturação urbana “pós-industrial”, tendo como caso de estudo a Margem Sul do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa. No estudo das emergências e expectativas de transformação, mas também fatores contraditórios de retração e dificuldades, procuramos explicitar os reflexos da incerteza nos processos de transformação do território e formular raciocínios sobre a viabilidade das transformações. Procuramos assim responder a questões de investigação que são de matriz teórico-prática: se a complexidade cresce, que elementos podemos usar para interpretar e intervir nestes espaços, em contextos de incerteza e instabilidade latente? Apresentamos a proposta de uma matriz conceptual e operativa, centrada no princípio da continuidade urbana e baseada nos sistemas urbanos com potencial estruturador do território urbano –a paisagem, a infraestrutura e o espaço público- a partir da sua definição teórica e da sua explicitação no conjunto de espaços ribeirinhos da Margem Sul. Finalmente, uma discussão do papel das escalas e dos modos de aplicação da matriz, numa lógica processual e interdisciplinar da adaptabilidade urbana, permitir-nos-á aprofundar a reflexão sobre a sua relevância, para estruturar a continuidade em intervenções onde a incerteza condiciona a decisão, apoiando-nos numa lógica dos sistemas e “layers” de ação.</dcterms:abstract>
<dcterms:abstract>Esta tesis se ocupa de la incertidumbre como un factor clave de la producción urbana contemporánea, analizando en profundidad la zona conocida como “Margem Sul do Tejo”. La consolidación de la ciudad industrial correspondió a la infra estructuración, la capacidad de producción y la expansión del espacio urbano basada en la previsión de la oferta de servicios urbanos. También fue el origen disciplinar del urbanismo como teoría del conocimiento de la urbanización y la organización de su práctica. El fracaso del modelo industrial y la transición a una urbanidad post-industrial, más plural y amplia, donde también hay una diversificación y especialización del saber urbano, en diversas áreas del conocimiento. Varios autores han señalado en las últimas décadas el crecimiento de la escala de las estructuras urbanas, su mayor diversidad y la complejidad de las dinámicas de relación entre los actores urbanos. A la velocidad de procesamiento rápido se suman otros aspectos de conflicto o interacción vinculados a la inestabilidad de los ciclos económicos o políticos como algunos de los factores que contribuyen a la percepción de una menor previsibilidad y una mayor inestabilidad urbana. Estas dinámicas de transformación de la ciudad contemporánea, marcadas por la inestabilidad y la variabilidad de los procesos urbanos, se reflejan en numerosas formas en la acción de la planificación y el diseño urbanos. Por lo tanto, hoy el saber urbanístico parece no responder a estas condiciones dinámicas, lo que reduce su fiabilidad y la capacidad de determinar el futuro. En este contexto, la incertidumbre se ha convertido de un modo indispensable en un concepto útil para entender la inestabilidad. Como concepto transversal a esos cambios, es esencial tenerlo en cuenta como una alternativa para disminuir las maneras de planificar ancladas en las relaciones de causa-efecto, reglas preestablecidas o estándares rígidos de diseño. En el ámbito de las estrategias de diseño crece la necesidad de gestionar los factores, elementos y actores que cambian con mayor facilidad. ¿Cómo responder a estos cambios? El argumento central de la investigación, en un contexto de transición, es la dificultad que añade la incertidumbre a los procesos de diseño y producción de la ciudad contemporánea. Por lo tanto, nuestro objetivo es construir una lectura interdisciplinaria de la ciudad y un análisis de los procesos de construcción y transformación del espacio urbano, desarrollando un razonamiento estratégico acerca de la incertidumbre: - En el campo teórico, nos centramos en las transformaciones de la producción de la ciudad. El estudio de las estrategias de planificación y diseño urbano para intervenir en la ciudad actual, identificando fallos en las condiciones, prácticas e instrumentos, conducen a una profunda reflexión sobre los conceptos de plano, programa y proyecto, en diferentes momentos y contextos, y la necesidad de “nuevos” procesos, herramientas y estrategias. - En el campo práctico, analizamos la reestructuración urbana “post-industrial” con el estudio del caso de la “Margem Sul do Tejo” en el Área Metropolitana de Lisboa. El estudio de las emergencias y expectativas de transformación, pero también los factores contradictorios de contracción y dificultad, persigue explicitar cómo se refleja la incertidumbre en los procesos de transformación y en consecuencia formular argumentos sobre la viabilidad de las transformaciones. Tratamos de responder a las preguntas de investigación, que son de matriz teórica y práctica: la complejidad crece, ¿qué elementos podemos usar para interpretar e intervenir en estos espacios, en condiciones de incertidumbre e inestabilidad latente? Presentamos la propuesta de una matriz conceptual y operativa centrada en el principio de la continuidad urbana y basada en los sistemas urbanos con potencial estructurador del territorio urbano (paisaje, infraestructura y espacio público) a partir de su definición teórica y su explicación en el conjunto de espacios en el frente del río de la “Margem Sul do Tejo”. Por último, se presenta un debate sobre el papel de las escalas y los modos de aplicación de la matriz, en una lógica procesual e interdisciplinar de la adaptabilidad urbana, que nos permite reflexionar más sobre su importancia para estructurar la continuidad en intervenciones donde la incertidumbre condiciona la decisión, basándose en una lógica de sistemas y “layers” de acción.</dcterms:abstract>
<dcterms:dateAccepted>2015-11-19T09:15:36Z</dcterms:dateAccepted>
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<dc:rights>L'accés als continguts d'aquesta tesi queda condicionat a l'acceptació de les condicions d'ús establertes per la següent llicència Creative Commons: http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/3.0/es/</dc:rights>
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<dc:publisher>Universitat de Barcelona</dc:publisher>
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<dc:creator>Gonçalves Brandão Estêvão, Ana Luísa</dc:creator>
<dcterms:abstract>Esta tese trata da incerteza como fator determinante na produção urbana contemporânea, analisando em profundidade a Margem Sul do Tejo. A consolidação da cidade industrial correspondeu à infra-estruturação, capacidade de produção e ampliação do espaço urbano, baseada na previsão da oferta de serviços urbanos. Foi também a origem disciplinar do urbanismo, como teoria do conhecimento da urbanização e organização da sua prática. Na rotura do modelo industrial e a transição para uma urbanidade pós-industrial, mais plural e extensa, ocorre também uma diversificação e especialização do saber do urbano, por várias áreas de conhecimento. Vários autores nas últimas décadas vêm apontando para o aumento da escala das estruturas urbanas, da sua maior diversidade e da complexidade das dinâmicas de relação entre os atores a elas ligadas. À rápida velocidade de transformação acrescentam-se outros aspectos de conflito ou interação, ligados a instabilidade de ciclos econômicos ou políticos, como alguns dos fatores que contribuem para a percepção de uma menor previsibilidade e maior instabilidade urbana. Estas dinâmicas de transformação da cidade contemporânea, marcadas pela instabilidade e variabilidade dos processos urbanos, são refletidas de inúmeras formas na ação do planeamento e desenho urbano. Assim, o saber urbanístico parece hoje não conseguir responder a estas condicionantes dinâmicas, reduzindo a sua fiabilidade e capacidade para determinar o futuro. Neste contexto, a incerteza tornou-se indispensável como conceito útil para o entendimento da instabilidade. Como conceito transversal aquelas transformações, será essencial considerar como alternativa à menor viabilidade das formas de planear ancoradas em relações de causa-efeito, regras pré-estabelecidas ou “standards” rígidos de desenho. No âmbito das estratégias de desenho cresce a necessidade de gerir fatores, elementos e atores que mudam mais facilmente. Como responder a estas mudanças? A discussão central da investigação, naquele contexto de transição é da dificuldade que a incerteza confere aos processos de desenho e de produção da cidade contemporânea. Assim, propusemo-nos basear numa leitura interdisciplinar de cidade e na análise dos processos da construção e transformação do espaço urbano, desenvolvendo raciocínios estratégicos sobre a incerteza: - No campo teórico, centramo-nos nas transformações da produção da cidade. No estudo das estratégias do planeamento e desenho urbano para intervir na cidade atual, identificamos as lacunas existentes, as condições, práticas e instrumentos relevantes, que levam a uma reflexão aprofundada sobre os conceitos de plano, programa e projeto, em diferentes tempos e contextos e a necessidade de “novos” processos, ferramentas e estratégias. - No campo prático, analisamos a re-estruturação urbana “pós-industrial”, tendo como caso de estudo a Margem Sul do Tejo, na Área Metropolitana de Lisboa. No estudo das emergências e expectativas de transformação, mas também fatores contraditórios de retração e dificuldades, procuramos explicitar os reflexos da incerteza nos processos de transformação do território e formular raciocínios sobre a viabilidade das transformações. Procuramos assim responder a questões de investigação que são de matriz teórico-prática: se a complexidade cresce, que elementos podemos usar para interpretar e intervir nestes espaços, em contextos de incerteza e instabilidade latente? Apresentamos a proposta de uma matriz conceptual e operativa, centrada no princípio da continuidade urbana e baseada nos sistemas urbanos com potencial estruturador do território urbano –a paisagem, a infraestrutura e o espaço público- a partir da sua definição teórica e da sua explicitação no conjunto de espaços ribeirinhos da Margem Sul. Finalmente, uma discussão do papel das escalas e dos modos de aplicação da matriz, numa lógica processual e interdisciplinar da adaptabilidade urbana, permitir-nos-á aprofundar a reflexão sobre a sua relevância, para estruturar a continuidade em intervenções onde a incerteza condiciona a decisão, apoiando-nos numa lógica dos sistemas e “layers” de ação.</dcterms:abstract>
<dcterms:abstract>Esta tesis se ocupa de la incertidumbre como un factor clave de la producción urbana contemporánea, analizando en profundidad la zona conocida como “Margem Sul do Tejo”. La consolidación de la ciudad industrial correspondió a la infra estructuración, la capacidad de producción y la expansión del espacio urbano basada en la previsión de la oferta de servicios urbanos. También fue el origen disciplinar del urbanismo como teoría del conocimiento de la urbanización y la organización de su práctica. El fracaso del modelo industrial y la transición a una urbanidad post-industrial, más plural y amplia, donde también hay una diversificación y especialización del saber urbano, en diversas áreas del conocimiento. Varios autores han señalado en las últimas décadas el crecimiento de la escala de las estructuras urbanas, su mayor diversidad y la complejidad de las dinámicas de relación entre los actores urbanos. A la velocidad de procesamiento rápido se suman otros aspectos de conflicto o interacción vinculados a la inestabilidad de los ciclos económicos o políticos como algunos de los factores que contribuyen a la percepción de una menor previsibilidad y una mayor inestabilidad urbana. Estas dinámicas de transformación de la ciudad contemporánea, marcadas por la inestabilidad y la variabilidad de los procesos urbanos, se reflejan en numerosas formas en la acción de la planificación y el diseño urbanos. Por lo tanto, hoy el saber urbanístico parece no responder a estas condiciones dinámicas, lo que reduce su fiabilidad y la capacidad de determinar el futuro. En este contexto, la incertidumbre se ha convertido de un modo indispensable en un concepto útil para entender la inestabilidad. Como concepto transversal a esos cambios, es esencial tenerlo en cuenta como una alternativa para disminuir las maneras de planificar ancladas en las relaciones de causa-efecto, reglas preestablecidas o estándares rígidos de diseño. En el ámbito de las estrategias de diseño crece la necesidad de gestionar los factores, elementos y actores que cambian con mayor facilidad. ¿Cómo responder a estos cambios? El argumento central de la investigación, en un contexto de transición, es la dificultad que añade la incertidumbre a los procesos de diseño y producción de la ciudad contemporánea. Por lo tanto, nuestro objetivo es construir una lectura interdisciplinaria de la ciudad y un análisis de los procesos de construcción y transformación del espacio urbano, desarrollando un razonamiento estratégico acerca de la incertidumbre: - En el campo teórico, nos centramos en las transformaciones de la producción de la ciudad. El estudio de las estrategias de planificación y diseño urbano para intervenir en la ciudad actual, identificando fallos en las condiciones, prácticas e instrumentos, conducen a una profunda reflexión sobre los conceptos de plano, programa y proyecto, en diferentes momentos y contextos, y la necesidad de “nuevos” procesos, herramientas y estrategias. - En el campo práctico, analizamos la reestructuración urbana “post-industrial” con el estudio del caso de la “Margem Sul do Tejo” en el Área Metropolitana de Lisboa. El estudio de las emergencias y expectativas de transformación, pero también los factores contradictorios de contracción y dificultad, persigue explicitar cómo se refleja la incertidumbre en los procesos de transformación y en consecuencia formular argumentos sobre la viabilidad de las transformaciones. Tratamos de responder a las preguntas de investigación, que son de matriz teórica y práctica: la complejidad crece, ¿qué elementos podemos usar para interpretar e intervenir en estos espacios, en condiciones de incertidumbre e inestabilidad latente? Presentamos la propuesta de una matriz conceptual y operativa centrada en el principio de la continuidad urbana y basada en los sistemas urbanos con potencial estructurador del territorio urbano (paisaje, infraestructura y espacio público) a partir de su definición teórica y su explicación en el conjunto de espacios en el frente del río de la “Margem Sul do Tejo”. Por último, se presenta un debate sobre el papel de las escalas y los modos de aplicación de la matriz, en una lógica procesual e interdisciplinar de la adaptabilidad urbana, que nos permite reflexionar más sobre su importancia para estructurar la continuidad en intervenciones donde la incertidumbre condiciona la decisión, basándose en una lógica de sistemas y “layers” de acción.</dcterms:abstract>
<uketdterms:institution>Universitat de Barcelona</uketdterms:institution>
<dcterms:issued>2015-11-09</dcterms:issued>
<dc:type>info:eu-repo/semantics/doctoralThesis</dc:type>
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<dc:language type="dcterms:ISO639-2">por</dc:language>
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<dc:subject>Incertesa</dc:subject>
<dc:subject>Incertidumbre</dc:subject>
<dc:subject>Uncertainty</dc:subject>
<dc:subject>Desenvolupament urbà</dc:subject>
<dc:subject>Desarrollo urbano</dc:subject>
<dc:subject>Urban development</dc:subject>
<dc:subject>Lisboa (Portugal)</dc:subject>
<dc:subject>Façanes marítimes</dc:subject>
<dc:subject>Frentes acuáticos</dc:subject>
<dc:subject>Waterfronts</dc:subject>
<dc:subject>Ciències Humanes i Socials</dc:subject>
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